A estudante de Engenharia Mecânica, Bárbara Munoz, de 22 anos, não se intimida em colocar a mão na graxa e trabalhar duro durante o fim de semana das etapas da Fórmula Academy Sudamericana. Presente nas corridas de São Paulo e Cascavel (PR), Bárbara sempre gostou de mecânica e automobilismo, influenciada pelo pai, também engenheiro mecânico. Com a ajuda de um amigo, foi indicada para o responsável técnico da categoria, Rui Salles, e assim começou sua trajetória no esporte.
“Sempre fui muito grudada no meu pai e, consequentemente, acabei pegando o gosto pela mecânica. Comecei a fazer Engenharia porque sei que é uma área muito extensa e como sempre fui muito curiosa, achei que era isso o que eu queria fazer. Na faculdade me identifiquei com a área automobilística, então me aprofundei ainda mais no assunto e aqui estou”, explica Bárbara.
Num esporte com predominância masculina, as mulheres vão ganhando cada vez mais espaço a cada ano que se passa. Na Fórmula Academy Sudamericana não é diferente. Bárbara ocupa o cargo de mecânica e vê com bons olhos a presença de mulheres na categoria. “Hoje em dia ainda somos poucas, mas acho que a participação das mulheres no mercado está crescendo e no automobilismo não será diferente”, diz Bárbara, que cita Maria Teresa de Filippis como ícone. “Foi a primeira mulher a guiar um carro de Fórmula 1. Isso nos anos 50. Considero ela como minha referência», relata.
Em início de carreira, Bárbara alimenta sonhos e pretende seguir com seu trabalho no automobilismo de competição. “É um privilégio fazer parte de uma categoria de base. O que mais me impressiona é como a Fórmula Academy é importante para quem está começando no automobilismo, seja para o piloto dentro da pista ou para nós, que estamos fora. Pretendo seguir carreira no automobilismo”, finaliza. 📸 Vanderley Soares.
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